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Estado e maiores municípios de SC descartaram mais de 1 milhão de doses de vacinas em 3 anos

Publicada em 02/06/2025




Estado e maiores municípios de SC descartaram mais de 1 milhão de doses de vacinas em 3 anos
Estado e maiores municípios de SC descartaram mais de 1 milhão de doses de vacinas em 3 anos  (Foto: Reprodução)
Dados são de levantamento feito com exclusividade pela NSC TV. Cidades elencam baixa procura da população, perdas com armazenamento e dificuldade com frascos multidose. Vacinas contra covid-19

RBS TV/Reprodução

Mais de 1 milhão de doses de diversas vacinas foram parar no lixo nos últimos três anos em Santa Catarina, é o que mostra um levantamento exclusivo feito pela NSC TV junto à Secretaria de Estado da Saúde e às prefeituras dos maiores municípios do estado.

A apuração começou a ser feita em fevereiro deste ano. Através da Lei de Acesso À Informação, a reportagem questionou às prefeituras das dez maiores cidades do estado: quantas doses de vacina foram descartadas nos últimos três anos - 2022 a 2024 - e os motivos dos descartes.

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Foram consideradas para a pesquisa, as cidades com maior população segundo o Censo do IBGE de 2022.

Assim, os questionamentos foram enviados para as prefeituras de Joinville, Florianópolis, Blumenau, São José, Itajaí, Chapecó, Palhoça, Criciúma, Jaraguá do Sul e Lages. Destes municípios, seis responderam os dados de forma completa.

Respostas das prefeituras

Chapecó: 15.060 doses foram jogadas fora entre 2022 e 2024. A prefeitura destacou que o número ficou abaixo do limite previsto pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que recomenda um teto de 5% de perdas para imunobiológicos. E que as perdas mais significativas ocorreram em 2022, por conta dos desafios logísticos da vacina contra a Covid-19.

Palhoça: 29.047 doses de vacinas foram descartadas. A prefeitura ressaltou que o principal motivo foi o vencimento do prazo de validade dos imunizantes.

Criciúma: 41.554 doses foram descartadas no período. O município informou que os motivos foram validade vencida, danos na embalagem, falha no equipamento, procedimento inadequado, entre outros.

Jaraguá do Sul: 53.973 doses se perderam desde 2022. A prefeitura detalhou que os principais motivos foram vazamentos ou falhas durante a aspiração da vacina; a formação de bolhas ou a presença de partículas que impedem o uso; erros de reconstituição; e a expiração do prazo de validade após a abertura do frasco.

Itajaí: 61.704 doses de vacinas foram jogadas fora. A prefeitura citou prazos de validade curtos e a baixa adesão da população à campanha de imunização contra a gripe como principais motivos para os descartes.

São José: 79.075 doses de imunizantes foram descartadas. O município citou a baixa adesão à vacina contra a Covid e a atualização da cepa viral da vacina contra a gripe, feita anualmente pelo Ministério da Saúde e que obriga os municípios a descartarem as doses remanescentes, como principais motivos.

Florianópolis: dos municípios que responderam ao questionamento da NSC, a capital teve o número mais alto de vacinas descartadas: nos últimos três anos, 128.154 doses de imunizantes se perderam. Como justificativa, a prefeitura citou o prazo de validade das vacinas e outras "situações pontuais no transporte ou na conservação, que acabam comprometendo a eficácia do imunizante".

Prefeituras foram questionadas sobre todos os tipos de vacinas desperdiçadas

Thayna Polin/Prefeitura de Bauru

Dados incompletos ou inconclusivos

Outros dois municípios do estado responderam a solicitação de forma incompleta.

A maior cidade do Vale do Itajaí, Blumenau, enviou apenas os dados referentes às vacinas contra a gripe e Covid. Ao todo, 38.236 doses destas vacinas foram descartadas entre 2022 e 2024.

A prefeitura explicou que a quebra dos recipientes e falhas pontuais na cadeia de frios foram alguns dos motivos, assim como a baixa procura da população pelos imunizantes.

A maior cidade do estado, Joinville, informou apenas os dados de 2024 - e, assim como Blumenau, somente das vacinas contra a gripe e Covid. Ainda assim, o relatório fornecido pelo município aponta 94.205 doses descartadas.

A Prefeitura de Joinville disse que os descartes aconteceram porque a vacina tem prazo curto de duração. E sobre o envio parcial das informações, disse apenas que "esse é o dado técnico que a Secretaria da Saúde possui".

A Prefeitura de Lages, também questionada, enviou dados considerados inconclusivos, que não permitiram definir a quantidade de doses descartadas.

Total de doses descartadas

Somados, os números informados pelos municípios revelam que 541.018 doses de vacinas foram jogadas fora nos últimos três anos.

Em fevereiro deste ano, também em resposta a uma solicitação da NSC, a Secretaria de Saúde de Santa Catarina divulgou que descartou, entre 2022 e 2024, 658.884 doses.

Número este que, somado aos informados pelos nove maiores municípios do estado, revela que 1.199.902 vacinas foram desperdiçadas em Santa Catarina nos últimos três anos.

O número real, no entanto, tende a ser bem maior, já que o levantamento não inclui os dados das demais 286 cidades do estado.

Mais de 160 mil doses de vacina foram descartadas em SC no ano passado

Vacinas descartadas correspondem a quase R$ 9 milhões

Nas solicitações enviadas às prefeituras, a NSC TV também pediu os valores financeiros das vacinas descartadas, já que esta é uma informação que consta nos dados dos lotes de imunizantes recebidos pelos municípios.

Das dez prefeituras, apenas cinco responderam a solicitação com estes dados.

Florianópolis: R$ 3.510.031,61

Jaraguá do Sul: R$ 2.161.694,03

Itajaí: R$ 1.749.830,06

Criciúma: R$ 1.028.053,33

Blumenau: R$ 250.008,67

Somados, os valores revelam um desperdício de R$ 8.699.617,70 em investimento público com as vacinas descartadas pelos respectivos municípios nos últimos três anos. Vale lembrar que a compra dos imunizantes é feita, sem exceções, pelo Ministério da Saúde.

Utilização de frascos monodoses pode ajudar municípios a reduzirem os desperdícios de vacinas, diz especialista

Dentre os motivos citados pelos municípios para os descartes, uma questão técnica se destaca: a dificuldade em lidar com os frascos multidoses.

Fabricantes de vacinas costumam colocar mais de uma dose do imunizante dentro do mesmo frasco. A medida visa facilitar a logística de transporte das vacinas, que geralmente são comercializadas em grandes quantidades, e acaba reduzindo o custo das doses.

Estes frascos, porém, costumam ter prazos de validade curtíssimos quando abertos para a aplicação da primeira dose. A explicação da Prefeitura de Joinville ajuda a contextualizar.

Sobre o descarte de vacinas da Covid-19, o município disse que "Após o descongelamento, o imunizante deve ser aplicado ou descartado, não pode ser reutilizado ou congelado de volta". E que "os frascos são multidose, então quando abertos, todas as doses devem ser utilizadas. Se apenas uma pessoa é vacinada, o frasco todo deve ser desprezado".

A Prefeitura de Jaraguá do Sul também destacou que "algumas vacinas têm validade de até 6 horas após abertas" e "o não comparecimento do número esperado de pessoas para vacinação, com frascos já abertos, pode resultar em perdas".

Os municípios de Blumenau, Chapecó e Itajaí também citaram este motivo como justificativa para parte dos descartes.

Para Alexandra Boing, epidemiologista e doutora em Saúde Coletiva, o estado poderia solicitar ao Governo Federal a compra de vacinas em monodoses - ou seja, em frascos únicos; e priorizar a distribuição destes frascos para os municípios menores.

?Com isso, seria possível facilitar a logística e diminuir o desperdício dos insumos, principalmente em situações de final de expediente, onde sabe-se que dificilmente mais pessoas aparecerão para serem vacinadas. Em vez de abrir um frasco multidose, que vai ter, por exemplo, dez doses; o profissional responsável pode utilizar um frasco monodose. Assim, não se perde a oportunidade de vacinar a pessoa e evita-se o desperdício", explica Alexandra.

A Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive-SC) diz que já recebe frascos monodoses do Ministério da Saúde, mas que já sinalizou a intenção de contar com mais vacinas deste tipo.

Baixa adesão e barreiras de vacinação

Outro dos motivos mais citados pelas prefeituras para os descartes é a baixa adesão da população às campanhas de imunização - mais especificamente nos casos das vacinas contra gripe e Covid-19.

A DIVE-SC diz que a responsabilidade pelas estratégias de vacinação é compartilhada entre estado e municípios; e que atua junto às prefeituras em ações de comunicação, incentivando a população a se vacinar.

"A gente tem trabalhado muito com a capacitação dos municípios, dando todo o apoio técnico. Sobre a campanha de Influenza, por exemplo, este ano a gente alinhou com os municípios um primeiro momento com as vacinas sendo disponibilizadas para os grupos prioritários; e a partir do Dia D abrir para toda população a partir dos 6 meses de idade. Continua sendo importante vacinar os grupos prioritários, mas a ideia é que não tenha doses paradas?, explica o diretor de Vigilância Epidemiológica de SC, João Augusto Fuck.

A epidemiologista Alexandra Boing diz que para melhorar este cenário é preciso combater as dificuldades de acesso que existem entre a população e as vacinas.

"As salas de vacinação precisam de horários flexíveis, estendidos e alternativos, inclusive no final de semana. Além da busca ativa, precisamos de uma escuta ativa da população, para entendermos quais são estas barreiras de acesso e o que a gente precisa melhorar no serviço para que as pessoas cheguem ao serviço e se vacinem", afirma.

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Fonte da notícia:
https://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2025/06/02/estado-maiores-municipios-de-sc-descartaram-vacinas.ghtml

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